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Meu corpo, meu lugar de fala- os riscos do aborto inseguro e porque a descriminalização do aborto é urgente para mulheres periféricas.

Sob os gritos de "O corpo é nosso, é nossa escolha, é pela vida das mulheres", movimentos sociais e lideranças femininas na política entoavam sua luta no buraco do Lume, Rio de Janeiro. .

Juliana Neris por Juliana Neris
10 de outubro de 2023
em Notícias, Destaque, Acervo
Tempo de leitura: 5 mins de leitura
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Meu corpo, meu lugar de fala- os riscos do aborto inseguro e porque a descriminalização do aborto é urgente para mulheres periféricas.
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No dia 28 de setembro, Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização do Aborto, ocorreu a mobilização nacional pela descriminalização e legalização do aborto seguro no Brasil e o Portal Favelas esteve presente para conversar com os movimentos sociais e realizar um mapeamento de como isso influencia diretamente as mulheres faveladas e periféricas. 

Foto: Vinicius Ribeiro

O Aborto no Brasil e no mundo versus  Criminalização sobre determinados grupos de mulheres

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O aborto no Brasil e no mundo é um tema complexo e controverso e  envolve questões como: violência obstétrica, raça, gênero, território, educação sexual, abandono paterno, fundamentalismo, projeto de vida  e planejamento familiar.  Levantando discussões inflamadas entre apoiadores e opositores.

O aborto é legalizado em 4 países na América do sul e o outros permitem apenas em caso de estupro ou risco para a gestante. No caso do Brasil, o Código Penal prevê no artigo 124 detenção de um a três anos para a mulher que aborta ou que é cúmplice de outra. Nos artigos 125 e 126, também pune quem realiza o procedimento, seja com ou sem consentimento da gestante – isso inclui médicos.

Em  2018 a  Defensoria Pública do Rio de Janeiro realizou um relatório( Entre a prisão e a morte- Quem são as mulheres criminalizadas pela prática do aborto no Rio de Janeiro), e identificou o perfil das  mulheres processadas por abortos no Rio de Janeiro, e buscaram demonstrar o impacto desproporcional que a criminalização da prática do aborto promove sobre determinados grupos de mulheres, comprovando assim que  60% das mulheres processadas são negras e 40% brancas.

Como funciona a Legislação sobre o Aborto no Brasil

A legislação atual  basileira permite o aborto apenas em casos de estupro, risco de vida para a mãe ou anencefalia do feto. No entanto, muitas mulheres enfrentam dificuldades para acessar o procedimento mesmo nessas situações, devido à falta de informação, ao estigma social e à falta de estrutura adequada nos serviços de saúde, onde uma pesquisa, financiada pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, revelou que, entre 2013 e 2015, mais da metade das brasileiras que procuraram o aborto legal não foram atendidas ou foram tratadas de forma hostil.

A legalização do aborto até a 12ª semana de gravidez poderia garantir o direito das mulheres de decidirem sobre seu próprio corpo e evitar mortes e complicações decorrentes de abortos inseguros. E uma análise a partir de informações do Sistema Único de Saúde (SUS) lançou o alerta que mulheres negras, pobres, periféricas e indígenas são as que mais morrem devido ao abortar no país. 

Foto: Juliana Neris

A vulnerabilidade na ausência dos dados oficiais

Segundo um estudo realizado com base em estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 55 milhões de abortos ocorreram entre 2010 e 2014 no mundo, sendo 45% destes considerados abortos inseguros. 

No Brasil, dados sobre aborto e suas complicações são incompletos e de 2006 a 2015, foram encontrados 770 óbitos maternos com causa básica  de aborto no SIM( Sistema de Informações sobre Mortalidade) onde são encontradas as causas de mortalidade materna. Segundo a pesquisa, o total de mortes maternas demonstra ainda a desigualdade racial no país: o número de mulheres negras mortas é quase 50% maior.

E onde estão os dados das mulheres lésbicas grávidas vítimas do estupro corretivo e homens trans sobreviventes da violência sexual ?

 

A urgência do debate sobre os riscos do aborto inseguro e da descriminalização do aborto para mulheres periféricas.

A violência estrutural que enfrentam, a discriminação racial e social, aliada à falta de políticas públicas efetivas de combate à violência de gênero, contribui para a perpetuação de um ciclo de vulnerabilidade e exclusão. Essa realidade se reflete no acesso limitado a direitos básicos, como o direito à saúde e à autonomia reprodutiva.

Camila Pedro, integrante do Coletivo juntas, um dos movimentos sociais presentes no ato, concedeu uma entrevista e trocou uma idéia sobre a importância da mobilização e da legalização do aborto seguro no recorte para mulheres negras:

“Essa não era uma pauta que fazia parte das discussões das políticas públicas e levantou a questão do número de mulheres negras mortas em abortos clandestinos e inseguros,e que com a mudança de governo, é um passo  muito importante e que declaração do voto favorável da Ministra Rosa Weber pode mudar a realidade atual”, diz.

Outra entrevistada deu seu relato sobre seu parto e a violência obstétrica sofrida, ela afirmou que não pensa em ter outro filho devido a traumas gerados com falas racistas durante seu parto e sua dor. E durante a entrevista  um opositor contrário aos discursos das mulheres proferiu declarações machistas e contra a luta pela descriminalização e legalização do aborto. 

Em outra entrevista, uma manifestante, que preferiu não divulgar seu nome, destacou que essa é uma questão de saúde, e não de crime. e reforçou que o que mata não é o aborto, é a clandestinidade e enfatizou que enquanto a luta das mulheres é pelo direito de escolha sobre seus corpos, uma realidade segue sendo silenciada: o abandono paterno e a falta de responsabilidade dos homens que  abandonam e seguem suas vidas sem julgamentos e com segurança, as mulheres seguem  enfrentando estigmas e dificuldades para exercer seu direito de escolha.Inclusive de homens que obrigam mulheres a abortarem.

O reconhecimento paterno pode ser realizado em qualquer cartório de forma gratuita na localidade de nascimento do recém-nascido. E mesmo sendo de forma gratuita e sem burocracias para o registro, no primeiro semestre de 2022, mais de 100 mil crianças ficaram sem registros. E a cada 7 em cada 10 mulheres no Brasil, são mães solo, com um crescimento de 17% na última década, passando de 9,6 milhões em 2021 para mais de 11 milhões em 2022 segundo dados do IBGE. E 7 em cada 10 mulheres já realizaram o aborto no Brasil e mais de 5 milhões de brasileiros não possuem o nome do pai na certidão de nascimento e são as mulheres, jovens, negras, pobre, periféricas e indígenas que seguem  com seus direitos violados. 

A  realidade do aborto criminalizado é um retrato e um reforço das desigualdades de sexo, raça, classe e território que mostram  a dura realidade da  criminalização  que reforça a lógica das desigualdades sociais no Brasil, na medida em que as mulheres pobres e negras são as mais prejudicadas, as que mais morrem  fruto de abortamentos inseguros, enquanto mulheres brancas e da alta classe estão buscando clínicas mesmo que de forma clandestina e que esse direito seja escolhido e decido por nós.

 

Juliana Neris

Jornalista

  • Eleição Conselho Tutelar 2023: Garantindo a Proteção dos Direitos das Crianças e Adolescentes
Tags: legalização do abortoDireitosMulheresAborto
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