As fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro nesta quarta-feira (29/01) deixaram um rastro de destruição, principalmente na Baixada Fluminense. Em Duque de Caxias, uma das cidades mais afetadas, a rua Dr. Manoel Reis ficou completamente alagada, dificultando o trânsito de veículos e pedestres. Moradores relataram transtornos no deslocamento, com muitos enfrentando dificuldades para voltar do trabalho ou da escola. Além disso, a preocupação com possíveis danos às residências e veículos aumentou à medida que o nível da água subia.
Outras áreas da Baixada também foram impactadas, segundo apurou o Comitê de Crise – Enchentes BXD. Em São João de Meriti, o bairro Sobec registrou alagamentos, enquanto em Nilópolis, as proximidades do IFRJ ficaram inundadas. Em Nova Iguaçu, bairros como Posse, Araguaia, Santa Eugênia e Comendador Soares também enfrentaram problemas com a chuva. Belford Roxo e Itaguaí não escaparam ilesos, com pontos críticos de alagamento em várias regiões.
Enquanto isso, o Rio de Janeiro testemunhou a estreia do Defesa Civil Alerta, uma nova ferramenta do governo federal que envia mensagens de emergência diretamente para os celulares da população. Às 17h57, os moradores da cidade receberam um alerta sonoro com a mensagem: “Cidade do Rio permanece em estágio 2. Pancadas de chuva até o fim da noite de hoje. Evitem ruas alagadas. Emergência: ligue 199.” O aviso, que apareceu como um pop-up na tela dos celulares, veio acompanhado de um som agudo, mesmo para quem estava com o aparelho no modo silencioso.
O sistema, que utiliza a tecnologia cell broadcast, foi desenvolvido para complementar outras ferramentas de alerta, como SMS, WhatsApp e Telegram. A ideia é que, sem necessidade de cadastro prévio, todos os celulares conectados às redes 4G e 5G recebam os avisos em caso de risco iminente de desastres, como alagamentos, deslizamentos e enxurradas. O prefeito Eduardo Paes destacou a importância da novidade em suas redes sociais, reforçando que o objetivo é garantir a segurança dos cariocas.
Apesar da eficiência do novo sistema, os estragos causados pelas chuvas mostram que ainda há muito a ser feito. Moradores da Baixada Fluminense, uma das regiões mais vulneráveis do estado, continuam sofrendo com a falta de infraestrutura adequada para lidar com eventos climáticos extremos.
Pedro Vinícius Lobo
Jornalista