Na última quarta-feira (11), mais de 800 profissionais de educação se reuniram no Club Municipal, na Tijuca, para participar da assembleia geral do Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), onde votaram por unanimidade numa greve geral a partir da próxima quarta-feira (17/05).
Em meio a cantos de “Governador, preste atenção, sua mentira unificou a educação” – em referência à divulgação do governador Cláudio Castro de que pagaria o piso nacional da educação – a categoria reivindica a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos tendo como referência o salário mínimo nacional.
O projeto apresentado pelo governo não incorpora o piso em todas as carreiras, e apenas reajusta os salários dos profissionais que estão recebendo abaixo do piso nacional. Segundo a Seduuc, só receberiam o reajuste 33% dos aposentados, e 42% dos profissionais na ativa. E os salários dos funcionários administrativos das escolas (merendeiras, porteiros, agentes etc), que em sua maioria recebem menos do que um salário mínimo de piso, não seriam reajustados.
Para o Sepe, o projeto do governo não só é insuficiente, como também ilegal:
Pelo Plano de Carreira da categoria, o piso deve ser implementado a partir do vencimento inicial da carreira e ser adequado proporcionalmente aos demais níveis – exatamente o que o governo anunciou que não irá fazer.
“Há uma insistência de governadores e prefeitos em não cumprir a lei e ainda buscar todo tipo de artifício para inviabilizar essa conquista dos professores, que queremos que seja estendida a todos os trabalhadores da educação, pois as escolas não vivem só de professores, há também merendeiras, serventes e funcionários administrativos que precisam e devem ser valorizados”, disse secretário do CNTE, Roberto Leão, em uma chamada para greve nacional pela educação em Abril.
A assembleia do dia 11 também aprovou um calendário de atividades que acontecerão durante a greve geral:
17/05: início da greve, com “arrastão” nas escolas e atividades nos núcleos da capital e nas regionais do Sepe em todo o estado; assembleias locais para tirar o comando de greve;
18/5: assembleia às 14h no Largo do Machado e, em seguida, marcha ao Palácio Guanabara;
23/05: assembleia geral para discutir rumos da greve, às 14h (local a confirmar); Conselho Deliberativo do Sepe, às 10h (local a confirmar).
Além da realização de atos na Alerj todos os dias em que o piso nacional for discutido.
No dia 31 de maio, a categoria entrará em reunião com o secretário de educação da cidade do Rio, Renan Ferreirinha.