Na teça-feira (05/03), quase 10 anos depois da morte do jovem Johnatha de Oliveira Lima de 19 anos, acontecerá o júri popular que vai julgar o policial militar Alessandro Marcelino de Souza, acusado de matar o jovem. Na ocasião, no dia 14 de maio de 2014, Johnatha foi baleado com disparos nas costas quando voltava para a casa de sua família, na favela do Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele estava indo deixar um pavê na casa de sua avó e levar a namorada para casa.
Um exame pericial concluiu que o policial Alessandro mentiu ao dizer que não estava no local onde Johnatha foi baleado, já que o projétil que atingiu o jovem partiu da arma do PM.
Em vídeo nas redes sociais, a mãe do jovem Johnatha faz uma convocação:
“Meu nome é Ana Paula Oliveira, moradora da favela de Manguinhos sou mãe do Johnatha de Oliveira Lima que foi assassinado em 2014 por um policial militar. Dia 5 de março vai acontecer o julgamento desse policial que aconteceria no dia 2 de fevereiro, mas foi adiado para o dia 5 de março. Muito importante para mim, mas também para muitas outras mães e familiares vítimas da letalidade policial. É um momento em que eu preciso do apoio de todos vocês, então eu estou aqui para convocar vocês para estarem nesse dia comigo. Vai acontecer um ato dia 5 de março na porta do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e logo em seguida a gente vai estar acompanhando o julgamento desse policial que assassinou meu filho. Então vamos juntos, justiça para Johnatha”, disse.
A audiência, acontecerá a partir das 11h no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na 3ª Vara Criminal, no 9º andar do Fórum. Mas antes, às 9h30 está previsto um ato em memória a Johnatha, realizado pelo Movimento das Mães de Manguinhos, com apoio das organizações Justiça Global e Instituto Marielle Franco, em frente ao Tribunal.
Pedro Vinícius Lobo
Jornalista