Nesta semana foi realizado o curso “Comunicação como Resistência e Transformação”, reunindo 123 inscritos e convidados especiais em um espaço de aprendizado, troca de experiências e reflexões cruciais. O evento abordou temas como racismo ambiental, educação popular, comunicação popular, direitos humanos e a luta por justiça social nas favelas.
Com o objetivo de fortalecer iniciativas populares e conectar saberes, os debates destacaram estratégias e narrativas que contribuem para a construção de ações transformadoras nas comunidades.
Dia 1 – Educação Popular e Direitos Humanos
No primeiro dia, terça-feira (13), o evento contou com dois blocos de debates:
•Bloco 1 (17h às 18h30): A educação popular foi discutida pelos professores Francisco Overlande e Davi Martins, que destacaram a importância do aprendizado coletivo e emancipador inspirado por Paulo Freire. As falas reforçaram o papel da educação como ferramenta para a conscientização e resistência nas comunidades.
•Bloco 2 (19h às 20h30): O segundo momento abordou os direitos humanos, com os advogados Guilherme Pimentel e Loara Oliveira. Ambos enfatizaram a necessidade de ampliar o acesso à justiça, especialmente nas periferias, e ressaltaram o papel das organizações populares na garantia de direitos fundamentais.
Dia 2 – Comunicação Popular e Meio Ambiente
Na quarta-feira (14), os debates continuaram, trazendo perspectivas essenciais sobre comunicação e meio ambiente:
•Bloco 1 (17h às 18h30):
A mestre Monique Paulla e o coordenador do FNDC Orlando Guilhon trataram da comunicação popular como uma poderosa ferramenta de transformação social. Ambos destacaram como as mídias comunitárias podem dar voz às lutas dos povos marginalizados pensando uma comunicação contra-hegemônica.
•Bloco 2 (19h às 20h30):
Encerrando o evento, a doutora Rita Montezuma e o geólogo Edson Cunha discutiram os impactos do racismo ambiental e a luta por justiça climática, reforçando a importância da preservação dos territórios e da valorização das populações diretamente afetadas.
O evento destacou o potencial da comunicação para mobilizar, resistir e transformar realidades. As trocas entre convidados e participantes reforçaram a urgência de ações coletivas em defesa da justiça social e dos direitos humanos, criando pontes entre saberes populares e acadêmicos. E também reservou momentos emocionantes como o depoimento da inscrita Arlete Lima, moradora de Duque de Caxias, compartilhou sua experiência sobre os efeitos do racismo ambiental em sua vida.
A iniciativa foi considerada um sucesso e deve servir de inspiração para novas edições e projetos que ampliem o alcance das reflexões e práticas abordadas.
Pedro Vinícius Lobo
Jornalista