Em 2012, a Organização das Nações Unidas em Assembleia Geral, proclamou a data de 21 de março como o Dia Internacional da Floresta. A data serve para celebrar e reforçar a conscientização sobre todos os tipos de florestas, e a importância da preservação do meio ambiente.
De acordo com a ONU, 1,6 bilhão de pessoas dependem diretamente da floresta para sobreviver, seja através de alimentos, abrigo, energia, medicamentos ou renda. Os ambientes florestais são tão importantes para a área ecológica como econômica. Ainda segundo a ONU, 90% das maiores cidades do mundo obtêm uma quantidade significativa da sua água potável diretamente de bacias hidrográficas em áreas florestadas, além isso, as florestas abrigam 80% da biodiversidade terrestre do mundo.
O novo governo tem a missão de pautar o fortalecimento de órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, reforçar a participação no Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama, demarcar e proteger Terras Indígenas e reverter leis que flexibilizam o licenciamento ambiental. “A convergência de profundas crises ambientais globais, como a mudança do clima e o declínio da biodiversidade, demandam um esforço amplo e interdisciplinar da ciência no entendimento de quais são as causas, impactos e soluções de tais crises”, disse a Profª Mercedes Bustamente (UnB), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
É urgente dar seguimento a essas medidas, visto que a população vive hoje a herança dos últimos quatro anos, que foram marcados por retrocessos de direitos ambientais e sociais e de saque a territórios, com inúmeras tentativas de exterminar a vida dos povos das florestas.
Em fevereiro, o Presidente Lula assinou um decreto que tem o objetivo de acolher indígenas e punir criminosos que invadiram seus territórios. De acordo com o decreto, haverá uma “Zona de Identificação de Defesa Aérea” que ficará sob responsabilidade da Aeronáutica, que vai vigiar e evitar a exploração de garimpeiros. O documento autoriza também que os ministros da Defesa, da Saúde, do Desenvolvimento Social e dos Povos Indígenas a tomar uma série de medidas para proteger o povo originário.
Segundo Lula, a prioridade é que a dignidade do povo indígena seja recuperada “Nós vamos tomar todas as atitudes para acabar com o garimpo ilegal e vamos cuidar do povo Yanomami que precisa ser tratado com respeito. Na verdade nós tivemos um governo que poderia ser tratado como um governo genocida porque ele é um dos culpados por aquilo acontecer. Ele que fazia propaganda que as pessoas tinham que invadir o garimpo, que podia jogar mercúrio. Então nós resolvemos tomar uma decisão, parar com essa brincadeira. Não terá mais garimpo, porque os Yanomami conquistaram aquela terra. Era deles antes da gente existir”, disse Lula.
É preciso que as florestas sejam preservadas para que haja vida na terra. O mundo depende das florestas! Diga não ao garimpo ilegal, diga não aos retrocessos.
Matéria publicada no dia 22 de março de 2023