Diversos eventos marcam os 4 anos da execução da vereadora e do motorista Anderson. E fica a pergunta: quem foi o mandante do crime?
Quem matou e quem mandou matar Marielle e Anderson?
Há quatro anos essas perguntas são feitas e ainda não se tem respostas. No dia 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson, foram assassinados a tiros no centro da cidade do Rio de Janeiro. O crime aconteceu por volta das 21H30, depois da vereadora participar do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Lapa.
Após 4 anos do atentado, ainda não se tem respostas sobre quem matou Marielle e quem mandou matar. Ano passado, o Ministério Público do Rio de Janeiro, denunciou Ronnie Lessa e Élcio Queiroz como os assassinos, e a decisão foi a júri popular. Ambos respondem por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emboscada e sem dar chance de defesa às vítimas e o MP afirma que ainda não há prazo para a conclusão da investigação.
Durante esses anos, o que tem dificultado é a constante troca no comando da investigação. Três grupos diferentes de promotores já ficaram à frente do caso no MPRJ. E na polícia civil já é o quinto delegado que assumiu o caso.
Com isso, hoje (14), dia que completa 4 anos do crime, estão acontecendo eventos em forma de homenagem e protestos na cidade do Rio de Janeiro. Na parte da manhã aconteceu uma missa na Candelária, e a partir das 16H, acontece no Circo Voador, localizado na Lapa, o festival “Justiça por Marielle e Anderson” e conta com participações como: Karol Conká, BK, Lellê, Jéssica Ellen, Som de Preta, entre outros. O festival é promovido pelo Instituto Marielle Franco.
O evento está previsto para terminar às 23H, e é gratuito. Será obrigatório a apresentação da carteira de vacinação e não é necessário inscrição prévia. Além disso, a homenagem não terá limitação de idade e terá espaço recreativo para as crianças.
Quem foi Marielle Franco?
Marielle Franco, uma mulher negra, mãe, filha, esposa. Nasceu na Comunidade da Maré, localizada na zona norte do Rio de Janeiro, foi uma mulher guerreira, com o coração gigante e transbordou fronteiras.
Formada em Sociologia e com mestrado em Administração Pública, foi eleita como vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, com 46.502 votos. Além disso, também foi Presidente da Comissão da Mulher na Câmara. Sua militância começou após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida.
No dia 14 de março de 2018, sua vida foi ceifada, após seu veículo ser alvejado com 13 tiros, atingindo e matando também o seu motorista Anderson Pedro Gomes, e atingindo de raspão sua assessora.
“Quem mandou matar Marielle mal podia imaginar que ela era semente, e que milhões de Marielles em todo mundo se levantariam no dia seguinte.”, afirma o Instituto Marielle Franco, criado pela sua família com a missão de inspirar, conectar e potencializar milhares de jovens, negras, LGBTQIA+ e periféricas a seguirem movendo as estruturas da sociedade.